26 de dezembro de 2007

E-mail que mandei para a Prefeitura de Santos.

À prefeitura de Santos,

Gostaria de expressar minha opinião a respeito da não eficiência de nossa guarda municipal, e demonstrar o nível de carisma, bom senso e razão que elas possuem que, claro, é praticamente nenhum.

Tiro essa conclusão depois de passar por uma desagradável experiência envolvendo duas oficiais na praias de Santos, na altura da rua Conselheiro Nébias. O fato envolveu as regras sobre a prática de esportes ao longo da orla que é proibida após as 9 horas da manhã, o que já um tanto estranho. Estranho por se tratar de uma área pública. Mas esse não é o motivo dessa reclamação,
o real motivo é o fato de que as oficiais, no momento em que contestávamos educadamente o fato de estarmos sendo impedidos de praticarmos qualquer tipo de esporte, não reconhecerem que perto dali, à vinte metros de distâcia, haviam duas pessoas jogando futebol em uma área demarcada de 10 metros de comprimeto, com direito à gols feitos com chinelos; mais ao longe, perto da água, era claramente possível ver quatro pessoas praticando tamboréu também em uma área demarcada de pelo menos 15 metros de comprimento, dividida com uma rede de 5 metros de largura, no local passavam pessoas que caminhavam e tinham que desviar do “campo”. Afinal, porque os outros podiam praticar esportes e nós não?

Nós, um grupo de cinco pessoas (que não trajavam roupas de banho), estávamos formando uma roda com um raio de dois metros, em uma área da praia onde não havia ninguém trafegando, quando fomos abordados pelas oficiais.

Não foi possível estabelecer um diálogo, já que ela nos tratava com uma incrível ignorância e sarcasmo a ponto de dizer que os outros grupos de pessoas que praticavam esportes não estavam jogando nada, “À meu ver, eles não estão jogando nada”, dizia enquanto nos obrigava a nos retirarmos do local. Quando finalmente decidimos ir embora, víamos de longe as duas caçoarem de nós, rindo e gargalhando.

E é assim que tratarão os turistas nessa época de temporada.

Que fique claro que essa não é uma reclamação sobre as normas e regras (que não estão expostas em nenhum lugar visível ao longo da praia) e sim de entender os motivos dessa desigualdade de proibição estranha, e a quem essa regra se aplica, já que o diálogo foi marcado pela frase “você é estudante? Então deveria voltar à escola”. Isso deve significar que estudantes não deveriam frequentar as praias, e estão proibidos de exercer qualquer tipo de atividade? Significa que qualquer outra pessoa pode demarcar áreas relativamente grandes, que atrapalham o caminhar de pessoas, sem temer ser expulsos do local? Aliás, qual a punição para “desobedecer” essas regras?

Gostaria de ser respondido, caso contrário, caso não haja uma explicação razoável para o porquê de nós não podermos jogar nada, e as outras pessoas ao redor poderem, sendo que as oficiais não reconheciam que estavam jogando; tenho planos para voltar ao mesmo local nos próximos dias, e caso aconteça tudo de novo, devo ignorar e continuar a prática já que não há uma razão, ordem ou muito menos um controle severo sobre isso.

Sinceramente,
Um cidadão santista, estudante.

13 de novembro de 2007

Músicas que formaram meu caráter.

As frases abaixo são do meu profile. Achei legal postar aqui também, pelo menos vale como uma atualização!

São trechos de letras de algumas músicas que formaram meu caráter. =)

"No hesitation!"

"I, I’m a street light shining,
I’m a white light blinding bright, burning off alone."

"Me destaco de um álbum de fotografia antigo pra lembrar de mim;
Hoje quando o sol saiu eu resolvi voltar."

"What is my day going to look like?
What will tomorrow bring me?
If I had x-ray eyes, I could see inside
I wouldn't have to protect the future."

"They don't love me, I can tell,
But you do, so they can go to hell."

"Hey baby, can you bleed like me?
C'mon baby, can you bleed like me?
You should see my scars."

"Eu estou agora em outro tempo, outro lugar... longe de mim;
A vida era longa, às vezes distante;
Era promessa que não sei se cumpri."

"Did you write the book of love,
And do you have faith in God above...
If the Bible tells you so?
~
I meet a girl who sang the blues
and I asked her for some happy news...
But she just smiled and turned away."

"Big trouble loosing control!
Primary resistance at a critical low!
On the double gotta get a hold!
Point of no return one second to go!
~
No response on any level, red alert this vessel’s under siege!
Total overload all systems down, they’ve got control!
There’s no way out, we are surrounded!
Give in, Give in and relish every minute of it!
~
Freeze or make it forever, I feel a weakness coming on."

"All these accidents that happen follow the dot;
Coincidence makes sense only with you;
You don't have to speak - I feel."

"It's a cruel, cruel world,
Life's a bitch!
And then you die, my love.
~
Stay alive, my love!"

"I stared into the light to kill some of my pain;
It was all in vane ‘cause no senses remain."

"I can hear the lonesome sound of the sky as it cries;
Listen to the rain - Feel the touch of tears that fall;
They won't fall forever."

"Quiet now in sleepy dreams,
to me it seems the only time to be.
Crowded by the city, all around me,
Need some silence from the loud...
And noisy crowds.
~
And i`m trying to catch a breath through the air of death...
Can`t see the sun for the clouds...
Those dirty clouds.
~
Oh God,
Are you there?
Are you there?
Are you there?
No... yeah."


By Imogen Heap, Garbage, Ludov, Enya, Madonna, Foo Fighters, The Cardigans e Björk. Não necessariamente nessa ordem.

25 de outubro de 2007

Uma hora!

Como eu atravesso São Paulo de carro praticamente todos os dias - da Zona Sul (Interlagos) até o Centro (Sé) - eu vejo acontecerem as mais variadas coisas... principalmente no trânsito.

Acontece de tudo! Mas o que me chama atenção é que se em um desses dias não passa pelo menos uma âmbulância por nós, ou eu vejo ou passo por um acidente... não é um dia normal!
Ou seja, é um dia normal quando se tem um acidente.

Terça-Feira foi um dia normal, só que eu não esperava participar dessa estatística.

Era 23h00. Voltando do cursinho com minha mãe dirigindo e uma amiga dela no carro. Tava chuviscando e a pista estava meio molhada.

O trânsito de São Paulo é famoso pelo seu caos. É impressionante como as pessoas agem aleatóriamente e sem pensar nos outros quando dirigem por aqui! É um fechando o outro, é gente sem noção costurando no meio dos carros a mais 100km/h em uma via onde o limite é 60km/h... Centenas de motoqueiros passando pelos corredores com a maior razão do mundo... Motoristas de ônibus malucos! Enfim! Caos mesmo! Não é a toa que ocorrem tantos acidentes!

E então, eis que na noite de terça-feira com o trânsito nem tão complicado assim... mas com pouca iluminação e pista molhada, alguém lá na frente freia bruscamente por alguma razão!
Uns 5 ou 6 carros tiveram que fazer o mesmo, inclusive o meu - que minha mãe dirigia.
Todos conseguiram parar a tempo... menos uma moça atrás do carro que vinha atrás de nós.

Acho que ela nem viu nada. Devia estar distraída.
Bateu a uns 50km/h na traseira do carro atrás de nós, que bateu no nosso.

Minha reação foi sair do carro instantaneamente por que tinha percebido com o solavanco que senti, que alguém tinha se machucado ali atrás. Saí, vi o cara do carro de trás saindo normalmente, e então vi a moça sair do seu carro, com a frente toda destruída, toda torta e cambaleando com a mão no peito...

O impacto foi tão forte que o cinto a sufocou e provavelmente a machucou internamente. Ela estava em choque e não conseguia andar e falar. Tremia muito.
Chamamos o resgate e depois de UMA HORA... ele não apareceu.

UMA HORA. E eles não vieram!

Tivemos que levá-la para um hospital por nós mesmos. Ela ficou bem depois de medicada e depois que o susto passou. Fomos embora perto de 1h30 da manhã depois que os familiares dela começaram a chegar e nos agradecer por tudo.

O que me indigna, é que se fosse mais grave... se tivesse sido um acidente mais violento, ela teria morrido ali mesmo.

Eu tirei fotos dos carros com o celular.. mas não tenho o cabo Usb dele. ¬¬
Eu odeio São Paulo.

4 de outubro de 2007

A semana que achei que ia morrer.

Quinta-feira retrasada.

Vou pro cursinho de ônibus. Cerca de uma meia hora de viagem atravessando o caótico trânsito da caótica capital paulista, uma mulher com uma cesta de doces entra e começa a fazer seu trabalho, vendendo-os.

Eu sou uma pessoa estranha, eu acho.
Às vezes eu tenho dó dessa gente que vende coisas em semáforo, ônibus. Eu penso que se ela está ali, é porque não tem outra alternativa a não ser fazer isso. Naquela hora da noite, naquela situação, tendo que se submeter à isso... enfim! Eu tenho dó deles.

Comprei um chocolate branco de marca desconhecida.

Cheguei no cursinho, comprei uma coca-cola em lata e comecei a degustar dos dois.
Mais ou menos duas horas depois eu já comecei a sentir dores.
Fui embora umas 22h45 com minha mãe e já no carro eu falava pra ela que não estava bem.

Chego em casa, e as dores pioram de uma maneira absurda. Não era caganeira. Era dor no intestino e estômago. Achei que era só má digestão na hora.
Mas só consegui dormir por volta de 4h da manhã. Com dores.

Nos 3 dias seguintes a dor continuava. Intensa.
Já vinha na minha cabeça Apendicite. Mas descartei... não tinha nada a ver.
Logo, comecei a pensar em infecção... pelo maldito chocolate.
Pensei em ir a um Pronto Socorro. Mas não fui.

As dores duraram uma semana e um dia. Pra não preocupar ninguém, depois do 4º dia eu disse que já estava melhor. Mas não estava.
Eu realmente achei que fosse morrer. Eu tava muito mal.
Cheguei a sentir dores perto do coração. Mas não sei se tinha a ver. Provavelmente era psicológico, isso acontece.

Por fim, aprendi a nunca mais comprar nada na rua, dessa forma.
Não vale a pena.
Eu quase morri por ter dó de alguém. Já pensou?
Que injustiça. Que injustiça.

13 de agosto de 2007

...

Tem dias que, por mais que você não esteja fazendo nada, tudo começa a dar errado a partir de um outro lado...

...e acaba com você.

7 de agosto de 2007

Quase.

Era mais ou menos 17h quando minha mãe chegou em casa dizendo que na praça em frente o prédio, tinha um pessoal da prefeitura realizando vacinação anti-rábica nos animais do bairro.

Ela foi lá e vacinou o Fox.
O Fox é meu comapanheiro canino de longa data. Um basset que está do meu lado desde que eu tinha 9 anos. Ele vai fazer 13 anos em dezembro!

Voltou logo em seguida e o dia voltou a fluir normalmente...

...até parece. Infelizmente não foi assim.

Cinco minutos depois, comecei a perceber que ele não tava bem! Começou a se coçar desesperadamente... se roçava em qualquer coisa... coçava o pescoço, o focinho, a barriga, as costas... tudo! Nem tentando para-lo adiantava.

Vi que não estava bem, mas não me preocupei. Achei que fosse alguma "coisa normal".
Normal até ele vomitar. Ele vomitou uma coisa seca. Toda a ração que ele tinha comido uma meia hora atrás foi posta pra fora de forma seca em um bolo bizarro.

Quando olhei pra cara dele finalmente, ela tava completamente deformada.
Enrugada, inchada, fora do lugar.
Ele ficava tremendo de um modo estranho como alguém com Alzheimer em estado avançado.
Logo nao conseguia ficar mais de pé e ele inchava cada vez mais.
Peguei ele nos braços e, com minha mãe, corremos pra clinica veterinária na esquina.

No caminho, vi ele desfalecendo... começando a desmaiar e a perder a respiração. Sufocando.

Não consegui entrar na sala com a minha mãe pra vê-lo ser consultado.
Pra mim ele já tinha morrido.
Foi dado soro pra ele e mais alguns analgésicos.

O diagnóstico foi que a vacina causou uma reação contrária no coitado. Fazendo-o inchar por dentro e por fora.
Seu esôfago já estava quase fechado e sufocando-o.
Se a gente demorasse mais alguns minutos pra ir até lá, não ia ter chance.

Ele melhorou depois de uma hora e meia. As duas médicas lá salvaram ele.

E durante o tempo que fiquei na sala de espera fiquei  mentalizando o fato de como pode um cachorro fazer tanta parte da minha vida dessa maneira.
Sinto raiva, rancor, até ódio por pessoas... humanos... e sinto compaixão por um cachorro.
A humanidade é estranha.

O Fox ajudou a construir meu caráter. Uma parte do que sou hoje é graças a ele.
Não tem como dizer que não.
Eu gosto desse cahorro pra caramba.

Cresci do lado dele, e - eu sei - vou ter que vê-lo morrer um dia. Só espero que não seja nos meus braços, sofrendo... como quase foi hoje.
Sei que não posso me enfiar em um buraco de tristeza quando isso acontecer. Isso não vou fazer.
Mas tenho certeza de que - inevitavelmente - uma parte de mim vai junto.

Ainda bem que a veterinária fica aqui na esquina. Mesmo.

17 de julho de 2007

Evolução Escolar (?)

1993 - 1ª série - Escola Particular (Docas de Santos)
Como já era da mesma escola desde o maternal (!), eu já conhecia grande parte dos coleguinhas.
Era conhecido por ser o menor da turma e talvez o mais serelepe.
Tive uma professora que batia nos alunos e tenho raiva dela até os dias de hoje.
Ela batia mesmo. De verdade. Batia em crianças de 6 anos, simplesmente pra lhe causarem pavor.
Quem duvida, veja isso aqui: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=291351&tid=11181100 - os posts em cinza são meus, da antiga conta que eu deletei.

Praticamente só tirava notas entre 8 e 10.

1994 - 2ª série - Escola Municipal (Gota de Leite)
Primeira vez que mudei de escola. Doi horrivel no inicio! Mas com o tempo superei isso e fiz coleguinhas novos. =)
Nenhum fato relevante sobre esse ano. Eu era só um molequinho que ficou famoso por ser baixinho e ser o mais palhaço (engraçado).
Notas entre 7 e 9.

1995 - 3ª série - Escola Municipal (Gota de Leite)
Nenhum fato relevante sobre esse ano. Eu era só um molequinho que ficou famoso por ser baixinho e ser o mais palhaço (engraçado).
Notas entre 7 e 9.

1996 - 4ª série - Escola Municipal (Gota de Leite)
Nenhum fato relevante sobre esse ano. A não ser a descoberta de que a merenda de macarrão com salsicha era maravilhosa.
Notas entre 6 e 9.

1997 - 5ª série - Escola Particular (Treinasse)
Primeira vez que tenho mais de uma tia pra me dar aula. Já disse tudo no post Causos de 5ª série, vão procurar! =D
Notas começam a despencar vertiginosamente.
Ficam entre 5 e 7.

1998 - 6ª série - Escola Particular (Moderno)
Minha mãe vê que minhas notas cairam absurdo no Treinasse e  me manda pra outra escola particular... dessa vez mais rígida!
Eu já era um carinha pentelho e ganhei ma certa fama por isso e por desenhar todo mundo da classe, pra variar! =D
Estudar que era bom... nada.
Notas entre 5 e 7.

1999 - 7ª série - Escola Particular (Moderno)
Como era de se esperar, o ano seguinte só tendeu a piorar!
Fiquei mais pentelho ainda, achava os professores chatos, levei advertência, fui levado pra fora da sala, levei notas vermelhas baixissimas, minha mãe foi chamada na escola, não estudava... enfim. Uma caca.
Notas entre 3 e 6.

2000 - 8ª Série - Escola Pública (Olga Cury)
Incrivelmente eu não repeti a 7ª. Daí minha mãe viu qe não adiantava mais e desistiu. Me mandou pra uma pública e aí foi uma beleza. Percebi que estudar era perda de
tempo e o mais legal da escola era bagunçar e desenhar na carteira.
Notas: Tinha nota?

2001 - 1º Ano - Escola Pública (Olga Cury)

O ano escolar mais estranho que já tive. Andava com funkeiros porque não tinha amigos.
Não conseguia achar alguém naquela escola em quem confiar uma amizade e fiquei perdido até começar a andar, por motivos desconhecidos, com funkeiros. Sendo que eu odiava - e odeio - funk.
Acho que isso aconteceu porque de uma certa maneira era engraçado. Era a turma do fundão. Eu nunca tinha sido da turma do fundão, foi uma boa experiência afterall.
Notas: Hã?

2002 - 2º Ano - Escola Pública (Olga Cury)
Aí minha vida mudou. Percebi que eu era um Nerd!!
Finalmente achei pessoas descentes! Fiz amizades de verdade! Parei de andar com pessoas aleatórias!
Conheci pessoas que me apresentaram o RPG e passamos a jogar uma campanha que durou quase o ano todo! Foi perfeito!
Os outros até assistiam a gente jogando no meio da sala - no meio da aula!
Até professores se interessaram. Foi foda!
Notas: O que?

2003 - 3º Ano - Escola Pública (Olga Cury)
Daí tudo se findou.
O último ano foi triste. Foi praticamente uma despedia o ano inteiro. O pequeno grupo de nerds refugiados do qual eu participava se desfez e foi cada um para seu lado até os dias de hoje.

---

O que tiro de tudo isso?
Que escola não leva a nada. No fim, você tem que fazer um cursinho pra aprender o necessário para entrar em uma faculdade boa, tudo de novo.

Depois eu faço um post sobre meu sistema perfeito de estudo que tenho em mente.
Já escrevi demais pra um post.



A Professora Maldita: Eu não sei. Eu devia estar pensando "Mas porque diabos eu estu tirando foto com essa véia desgramenta?"

26 de junho de 2007

Continuação do dia 26 de junho

E então, resolvi sair de casa pra tentar ver alguma coisa a não ser a vida passar pela minha janela.

Peguei meu patins e fui sozinho até o Ibirapuera.
Foi um dia horrivel pelo fato de não ter acontecido absolutamente nada até 16h.
Por não ter conseguido ter um diálogo decente com ninguém.
Enfim, não vou contar detalhes.

Na ida, enquanto estava no ponto de ônibus, um bêbado se aproximou e começou a falar comigo:

- E aí, tudo bem?
- Tudo.


Ele ficou me olhando por uns 3 segundos. Estava na rua, perto do meio-fio e um ônibus estava se aproximando.
- Sai daí, cara! Tu vai ser atropelado! - Eu disse.

Ele veio para o meu lado e olhou espantado pra mim:
- Você é meu amigo. Só por você ter me falado isso, eu sei que você é meu amigo.
- Aham.

- Mas é sério.. eu sinto isso! - Ele senta no chão e encosta em um poste e continua me olhando. - Você está assim, porque ainda não foi menosprezado! Minha vida é uma merda! S´´o tenho essa roupa aqui porque o cara do posto ali da esquina me deu... Eu tô na merda... Eu tomei uma cachacinha ali agora e é isso que tá me segurando de pé ainda, entende?

Falou mais alguma coisa que eu não entendi até que se levantou e concluiu:
- Mas... eu sei que você é um amigo meu... você teria um realzinho aí pra me dar?

Pois é.
Rumei pro Ibira e fiquei 2 horas patinando.
Lá, passei por um cara que eu nunca vi na vida, ele também estava de patins, me cumprimentou.

Passei por um carro de polícia onde, do lado de fora, haviam 4 políciais e uma mendiga que reclamava que estava entando se suicidar do lago, quando vieram duas pessoas e a impediram.

Vi um cachorro sendo atacado por cisnes.

Na volta pra casa, peguei um ônibus lotado e agora estou aqui.

26 de junho

O dia que todos estavam contra mim.

21 de junho de 2007

O Tempo é inmigo da Convivência

Eu estudei em cinco escolas diferentes ao longo da minha infância e adolescência.
Isso fez com que eu conhecesse muita gente. Eu tentei lembrar quantos alunos haviam em cada sala em todos os anos e somar todos mundo, claro sem repitir as pessoas.. e desisti quando perdia conta e vi que já tava passando dos 150.
É, isso mesmo.

Enfim, o engraçado é que se eu pegar uma foto das turmas, eu lembro de todos os nomes. Lembo de todo mundo.
Em cada escola eu fiz um "melhor amigo".
Hoje em dia, eu não falo com praticamente mais ninguém.
Seria isso normal?
Tinha também amizades fora da escola, claro... mas também tiveram o mesmo destino: Se perderam no tempo.

Hoje eu tenho amigos dos quais eu acho que não podia ter melhor.
Mas houve uma época na minha vida que eu não tinha ninguém. Tinha a Rachel, claro... mas em questão de amizades, eu estava zerado e sentindo muito por isso.

Um dia, vendo que ao meu redor só tinha gente retardada e mal-intensionada, resolvi sair pra procurar quem eu gostaria de ver de novo. Procurei o pessoal da escola, os que não eram da escola, todos os que eu um dia tive algum momento feliz e marcante.
Demorou um pouco e o  resultado não foi muito agradável.

Eu ficava imaginando como estariam hoje e o que estariam fazendo.
O que vi, foram pessoas completamente diferentes do que eu tinha na memória.. alguns até insuportáveis. Foi estranho.
Antes eram todos iguais. Os mesmo gostos, habitos... enfim.
Não foram todos, claro... mas a grande maioria aconteceu isso.

Onde quero chegar é: Será que se houvesse uma convivência diária com tais pessoas, hoje seria diferente?
Digo, será mesmo que se você andar sempre com alguém, ela acaba "transformando" você inconscientemente?

Fico imaginando se ia haver alguma diferença na personalidade de meus antios amigos perdidos de infância - que hoje em dia eu reencontrei, mas que não tinha mais nada a ver comigo -  se eu nunca os tivesse deixado sumir no tempo.
Fico imaginando se hoje ainda seriamos parecidos.

5 de junho de 2007

Causos de quinta série

Quando eu tinha dez anos entrei na quinta série tendo pela primeira vez uma expreciência em uma escola particular.
Eu não podia mais chamar as professoras de "tia" porque - segundo os novos professores - isso era coisa de criança. Nós da quinta série não éramos mais crianças.

Eu era um bom aluno. Pelo menos até a quarta série.
Realmente foi um baque e tanto sair das matérias simples de Matemática, Português, Ciências, Estudos Sociais,  Educação Física e Educação Artística - para uma lista de coisas absurdas para uma criança de 10 anos que nunca viu essas coisas na vida:

- Matemática
- Gramática
- História
- Geografia
- Biologia
- Redação
- Inglês
- Francês (!?)
- Processamento de Dados (!?)
- Elotrotécnica (!?)
- Educação Artística
- Artes
- Música
- Educação Física

Nunca tinha tido tantos professores em toda a minha vida.

Minhas notas despencaram vertiginosamente e meu comportamento também... eram só 12 alunos na sala de aula. Isso mesmo, 12 - E isso ajudou para que todos se dessem bem com todos, já que eram poucos, e que isso desencadeasse 
a todos serem colegas o bastante pra tornar a classe uma verdadeira baderna.

O causo aconteceu em um dia de chuva. Durante o intervalo ficamos no pátio da escola correndo e gritando como sempre até percermos que podiamos fazer isso dentro da classe, já que estava chovendo e ninguém reclamaria.

Começamos então a brincar de pega-pega na classe em meio as carteiras. O fato é que por estar chovendo, o piso de madeira da sala ficou enxarcado e escorregadio devido os nossos tênis molhados.

Não demorou muito pra eu escorregar.
Instantes antes da minha visão ficar branca e tonta por alguns segundos, vi a quina pontiaguda da carteira vindo na direção do meu rosto.
Um buraco foi aberto a uns 3 centímetros abaixo do meu olho.

Sangue, muito sangue.
Desnorteado e sem entender nada do que estava acontecendo, alguém fez um curativo em mim e de repente me vi sentado na cadeira da diretora da escola. Minha mãe foi chamada e me levou pra casa.

Não levei nenhum ponto... mas a cicatriz está comigo até hoje... está quase sumindo.
 

 

Os doze alunos e a professora de francês.

22 de maio de 2007

Memorial On Line

Ontem um amigo meu me mostrou essa notícia:
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2007/05/21/295834606.asp

Era uma amiga de uma amiga dele.

Com o nome, eu fui procurar seu profile no Orkut e achei.
Fui procurar se estava postado na Comunidade "Profiles de gente morta" -  a famosa PGM - e estava lá.
Há um tempo atrás eu fiquei fuçando essa comunidade vendo os profiles e as mensagens que as pessoas deixam pra elas em seu scrapbook.
É triste, claro.

Mas aí, vem uma reflexão:

Nos dados demográficos do Orkut - é só ir lá ver em Notícias e depois clicar em Dados Demogr.- diz que 58,57% dos usuários são entre 18 e 25 anos. Eu diria que é mais que isso, pois tem muito mais crianças e adolescentes de 10 a 17 anos lá, mas que não tem como registrar sua idade real.

E cerca 55,73% são brasileiros.

O que me faz pensar é que daqui uns anoso Orkut vai ser um memorial virtual.
Fatos como o dessa garota não são isolados! Pode ir ver na comunidade da PGM. Muita gente jovem morre por motivos pequenos... é simples.

Daí vem o fato: Será que, por dia, entram mais pessoas no Orkut do que morrem? Acho que não.
Acho que em uma média, a cada pessoa que entra, 2 morrem... ou 3.
E se isso for verdade, progressivamente o número de profiles de pessoas falecidas no Orkut vai aumentar grotescamente.

A conta de alguém é excluída automaticamente quando fica inativa por alguns meses. Meses!
Parentes, amigos, conhecidos ficam mandando scraps para esses profiles como se fosse um memorial... e a conta NUNCA fica inativa por isso.

É... pensa! Daqui uns anos, realmente, o Orkut vai ser estranho... todos os nossos conhecidos estarão lá... mesmo depois de mortos.

Pra quem não sabe, tem uma comunidade com o nome de "O Orkut daqui uns anos" que trata o mesmo assunto.

14 de maio de 2007

Life?

Se Deus premedita toda a nossa vida; se Ele sabe o que vai nos acontecer; se Ele nos guia para onde temos realmente de ir... se tudo isso é verdade, qual o sentido de viver se, tudo já está pronto para acontecer e não temos o direito e nem capacidade de mudar nosso futuro?

--

Como tem gente que não crê em Deus, há uma outra linha de pensamento:

Se todos tivessemos mesmo um destino fadado para cada um de nós, qual o sentido de viver, se tudo já está pronto para acontecer e não temos o direito e nem capacidade de mudar nosso futuro?

8 de maio de 2007

Teoria da Falsa Utopia

Quando comecei a fazer o roteiro de UTOPIA ( minha webcomic da qual está linkada ali na esquerda), eu comecei pensando no fato de que viver em um lugar onde todos são iguais, é impossível.

O roteiro da história conta uma história de épico-fantasia, onde a idéia principal é o fato de que todos tentam viver utopicamente, mas acabam havendo algumas divergências quanto à isso.

A Teoria da Falsa Utopia é um artigo (se é que pode ser chamado assim) que estou escrevendo sobre a déia de um mundo ou algo perfeito que a humanidade busca.
A maneira que todos acham que deveria ser um mundo ideal... está errada.


"Utopia" é a palavra usada pra descrever a perfeição.
Mas aí vem a pergunta: O que é a tal perfeição?

Em um ponto de vista de opiniões, estilos, idéias... o que é o perfeito?
Qual das idéias é a mais certa? Será que existe uma que satisfaz a todos?

Em outros pontos de vista, pór exemplo, será que existe um lugar onde todos vão gostar de viver?

Algo mais cético: O Bem é o correto para todos? O certo é o perfeito?
O Mal e o errado são os imperfeitos?
Viver em um lugar onde todos tem pensamentos diferentes é anti-utópico?

O que é uma utopia, afinal?

Muitas perguntas que são quase impossíveis de serem respondidas de forma que todos concordem.

Pra mim, viver utopicamente é viver em harmonia com todas as formas de existencia, aprendendo a entender, suportar e conviver com as diferenças do meio.
Por que?
Porque a humanidade é imperfeita.

Suponhamos que várias pessoas são colocadas dentro de um mundo novo, e todas elas estão focadas em viver sem divergências para sempre.
Será que seus filhos e descendentes vão ter a mesma personalidade que eles?
Nenhuma personalidade é igual.
SEMPRE vão haver idéias opostas que vão se conflitar.

Hoje em dia todos buscam viver em tribos distintas.
Se separar em grupos que discutem o mesmo assunto, gerando discórdia de quem está "de fora".
É impossível reverter.

Mas se parar pra pensar, isso aqui faz sentido:
certo não existe sem o errado; o bem não existe sem o mal.

O mundo em que vivemos é um mundo com diferentes religiões, idiomas, ideologias, hierarquias; existem diversas camadas sociais que interagem entre 
si, por mais que algumas são mais beneficiadas do que as outras.
Mas uma não existe sem a outra - de um certo modo.

Diferenças coagindo em um mesmo plano, de modo que todos e tudo continuam a existir!
Será que isso não é a perfeição?

6 de maio de 2007

Bad days, bad days.

Era pra ter sido só um fim de semana comum, do qual eu vou pra Santos rever meus amigos e principalmente a Rachel.
Mas não foi só isso.

De um fim de semana prolongado que começou no dia 25/04 e ia até 01/05, eu fiquei até hoje - dia 06... eu fiqei 12 dias lá.
Não que tenha sido ruim! Não! Mas teve uma hora que eu comecei a me sentir mal.

Não era meus planos ficar esse tempo todo por lá. Eu tive que ficar pra economizar, já que seu eu subisse pra São Paulo depois dos feriados, eu ia er que voltar no próximo fim de semana pra comparecer em um aniversário em Santos. Ou seja.. ia gastar muito mais. Então acabei ficando.

Acontece que eu fico hospedado em casa de amigos. E esqueci do fato de que todos têm vida própria. O pessoal foi estudar, trabalhar... e eu comecei a ficar com a sensação de estar onde não deveria! Parecia que estava atrapalhando todo mundo.

Enfim, esses últios dias, fiquei na casa da minha avó pra não incomodar mais ninguém. Ela me recebeu bem mesmo tendo mais quatro pessoas dormindo lá além de mim... vó é assim mesmo.
Acontece que minha vó não é mais a mesma desde que meu pai faleceu.
E o fato de eu ficar uns três dias lá nao ajudou muito.

Percebi que ela estava me tratando bem não só porque queria, e sim porque via em mim meu pai, e por isso fazia tudo aquilo. Foi horrível.
No último dia que fiquei lá, momentos antes de eu ir embora... teve uma crise de choro. =/

Não gosto de ir lá, simplesmente porque aquela casa trás lembranças tristes. Não é um clima muito bom.

Mas.. bom... na verdade o que eu queria com esse post era dizer como eu não tenho mais vida em Santos. Tenho amigos, familiares e a Rachel, claro... mas não há mais nada pra se fazer lá. Acabou.
Passei uma semana sem fazer nada esperando eles se desocuparem de seus afazeres pra eu poder me senir um pouco útil ao lado de alguém.. e isso poucas vezes aconteceu.
Nunca mais vou pra lá em dia de semana.
Não é por mal... mas simplesmente, não fui feliz. =/

Depois de tanto tempo fora, tenho muita coisa pra fazer nessa minha vida paulistana.
Com licença.

24 de abril de 2007

Restarting

Eu nem lembro quando foi a última atualização... whatever.
Vamos recomeçar isso aqui! Deu vontade.

Eu sei que na última vez minha vida era muito diferente do que é hoje.
Estou morando em São Paulo com minha mãe.
Atualmente fazendo cursinho no pró-usp.

Como diz um de meus professores, hoje em dia fazer cursinho é "status"!
- O que você faz da vida?
- Faço cursinho!  -
(Vai ter um post quanto a isso)


Mas estou tentando levar mais a sério esse ano. Estou vendo as coisas passarem rápido demais.
Fazendo de tudo pra no fim desse ano subir um novo degrau, pra aprender uns skills novos ano que vem.
Tentarei Artes Visuais na Unesp - Vai ter um post quanto a isso.

São Paulo não tem muita coisa de especial. Ainda mais pra mim que tenho uma rotina diária praticamente igual.
Acordo 5h30, saio com minha mãe de carro até perto da faculdade dela ond eposso pegar ônibus mais tranquilo, chego no cursinho 7h15, saio 12h30 (?), chego em casa 13h (?), e passo a tarde fazendo obrigações.
Só isso.

Pra não dizer que não estou fazendo absolutamente nada a tarde, eu desenho Utopia - a obra roteiristica da minha vida. =/

Vou pra Santos nos fins de semana ver a Rachel pra me sustentar pra próxima semana =) , vejo os amigos pra me sentir um pouco mais útil e depois volto pra cá de novo pra recomeçar a semana.

Nada de bom acontece aqui.
Pra ter uma idéia, a única lembrança marcante que tenho daqui até agora é um atropelamento horrível que aconteceu a poucos metros de mim, logo de manhã.
Saí de perto antes que eu tivesse certeza de que tinha precenciado a morte de alguém.

Enfim, tem muita coisa pra contar.
Só postei isso aqui pra reapresentar essa porcaria de blog pro público (que público?).
Volte outra hora, se quiser... quando não tiver nada pra fazer venha ler sobre minhas desgraças aqui e me deixe feliz por sua visita e comentário ( que comentário?).

Até.