22 de maio de 2007

Memorial On Line

Ontem um amigo meu me mostrou essa notícia:
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2007/05/21/295834606.asp

Era uma amiga de uma amiga dele.

Com o nome, eu fui procurar seu profile no Orkut e achei.
Fui procurar se estava postado na Comunidade "Profiles de gente morta" -  a famosa PGM - e estava lá.
Há um tempo atrás eu fiquei fuçando essa comunidade vendo os profiles e as mensagens que as pessoas deixam pra elas em seu scrapbook.
É triste, claro.

Mas aí, vem uma reflexão:

Nos dados demográficos do Orkut - é só ir lá ver em Notícias e depois clicar em Dados Demogr.- diz que 58,57% dos usuários são entre 18 e 25 anos. Eu diria que é mais que isso, pois tem muito mais crianças e adolescentes de 10 a 17 anos lá, mas que não tem como registrar sua idade real.

E cerca 55,73% são brasileiros.

O que me faz pensar é que daqui uns anoso Orkut vai ser um memorial virtual.
Fatos como o dessa garota não são isolados! Pode ir ver na comunidade da PGM. Muita gente jovem morre por motivos pequenos... é simples.

Daí vem o fato: Será que, por dia, entram mais pessoas no Orkut do que morrem? Acho que não.
Acho que em uma média, a cada pessoa que entra, 2 morrem... ou 3.
E se isso for verdade, progressivamente o número de profiles de pessoas falecidas no Orkut vai aumentar grotescamente.

A conta de alguém é excluída automaticamente quando fica inativa por alguns meses. Meses!
Parentes, amigos, conhecidos ficam mandando scraps para esses profiles como se fosse um memorial... e a conta NUNCA fica inativa por isso.

É... pensa! Daqui uns anos, realmente, o Orkut vai ser estranho... todos os nossos conhecidos estarão lá... mesmo depois de mortos.

Pra quem não sabe, tem uma comunidade com o nome de "O Orkut daqui uns anos" que trata o mesmo assunto.

14 de maio de 2007

Life?

Se Deus premedita toda a nossa vida; se Ele sabe o que vai nos acontecer; se Ele nos guia para onde temos realmente de ir... se tudo isso é verdade, qual o sentido de viver se, tudo já está pronto para acontecer e não temos o direito e nem capacidade de mudar nosso futuro?

--

Como tem gente que não crê em Deus, há uma outra linha de pensamento:

Se todos tivessemos mesmo um destino fadado para cada um de nós, qual o sentido de viver, se tudo já está pronto para acontecer e não temos o direito e nem capacidade de mudar nosso futuro?

8 de maio de 2007

Teoria da Falsa Utopia

Quando comecei a fazer o roteiro de UTOPIA ( minha webcomic da qual está linkada ali na esquerda), eu comecei pensando no fato de que viver em um lugar onde todos são iguais, é impossível.

O roteiro da história conta uma história de épico-fantasia, onde a idéia principal é o fato de que todos tentam viver utopicamente, mas acabam havendo algumas divergências quanto à isso.

A Teoria da Falsa Utopia é um artigo (se é que pode ser chamado assim) que estou escrevendo sobre a déia de um mundo ou algo perfeito que a humanidade busca.
A maneira que todos acham que deveria ser um mundo ideal... está errada.


"Utopia" é a palavra usada pra descrever a perfeição.
Mas aí vem a pergunta: O que é a tal perfeição?

Em um ponto de vista de opiniões, estilos, idéias... o que é o perfeito?
Qual das idéias é a mais certa? Será que existe uma que satisfaz a todos?

Em outros pontos de vista, pór exemplo, será que existe um lugar onde todos vão gostar de viver?

Algo mais cético: O Bem é o correto para todos? O certo é o perfeito?
O Mal e o errado são os imperfeitos?
Viver em um lugar onde todos tem pensamentos diferentes é anti-utópico?

O que é uma utopia, afinal?

Muitas perguntas que são quase impossíveis de serem respondidas de forma que todos concordem.

Pra mim, viver utopicamente é viver em harmonia com todas as formas de existencia, aprendendo a entender, suportar e conviver com as diferenças do meio.
Por que?
Porque a humanidade é imperfeita.

Suponhamos que várias pessoas são colocadas dentro de um mundo novo, e todas elas estão focadas em viver sem divergências para sempre.
Será que seus filhos e descendentes vão ter a mesma personalidade que eles?
Nenhuma personalidade é igual.
SEMPRE vão haver idéias opostas que vão se conflitar.

Hoje em dia todos buscam viver em tribos distintas.
Se separar em grupos que discutem o mesmo assunto, gerando discórdia de quem está "de fora".
É impossível reverter.

Mas se parar pra pensar, isso aqui faz sentido:
certo não existe sem o errado; o bem não existe sem o mal.

O mundo em que vivemos é um mundo com diferentes religiões, idiomas, ideologias, hierarquias; existem diversas camadas sociais que interagem entre 
si, por mais que algumas são mais beneficiadas do que as outras.
Mas uma não existe sem a outra - de um certo modo.

Diferenças coagindo em um mesmo plano, de modo que todos e tudo continuam a existir!
Será que isso não é a perfeição?

6 de maio de 2007

Bad days, bad days.

Era pra ter sido só um fim de semana comum, do qual eu vou pra Santos rever meus amigos e principalmente a Rachel.
Mas não foi só isso.

De um fim de semana prolongado que começou no dia 25/04 e ia até 01/05, eu fiquei até hoje - dia 06... eu fiqei 12 dias lá.
Não que tenha sido ruim! Não! Mas teve uma hora que eu comecei a me sentir mal.

Não era meus planos ficar esse tempo todo por lá. Eu tive que ficar pra economizar, já que seu eu subisse pra São Paulo depois dos feriados, eu ia er que voltar no próximo fim de semana pra comparecer em um aniversário em Santos. Ou seja.. ia gastar muito mais. Então acabei ficando.

Acontece que eu fico hospedado em casa de amigos. E esqueci do fato de que todos têm vida própria. O pessoal foi estudar, trabalhar... e eu comecei a ficar com a sensação de estar onde não deveria! Parecia que estava atrapalhando todo mundo.

Enfim, esses últios dias, fiquei na casa da minha avó pra não incomodar mais ninguém. Ela me recebeu bem mesmo tendo mais quatro pessoas dormindo lá além de mim... vó é assim mesmo.
Acontece que minha vó não é mais a mesma desde que meu pai faleceu.
E o fato de eu ficar uns três dias lá nao ajudou muito.

Percebi que ela estava me tratando bem não só porque queria, e sim porque via em mim meu pai, e por isso fazia tudo aquilo. Foi horrível.
No último dia que fiquei lá, momentos antes de eu ir embora... teve uma crise de choro. =/

Não gosto de ir lá, simplesmente porque aquela casa trás lembranças tristes. Não é um clima muito bom.

Mas.. bom... na verdade o que eu queria com esse post era dizer como eu não tenho mais vida em Santos. Tenho amigos, familiares e a Rachel, claro... mas não há mais nada pra se fazer lá. Acabou.
Passei uma semana sem fazer nada esperando eles se desocuparem de seus afazeres pra eu poder me senir um pouco útil ao lado de alguém.. e isso poucas vezes aconteceu.
Nunca mais vou pra lá em dia de semana.
Não é por mal... mas simplesmente, não fui feliz. =/

Depois de tanto tempo fora, tenho muita coisa pra fazer nessa minha vida paulistana.
Com licença.