Quinta-feira retrasada.
Vou pro cursinho de ônibus. Cerca de uma meia hora de viagem atravessando o caótico trânsito da caótica capital paulista, uma mulher com uma cesta de doces entra e começa a fazer seu trabalho, vendendo-os.
Eu sou uma pessoa estranha, eu acho.
Às vezes eu tenho dó dessa gente que vende coisas em semáforo, ônibus. Eu penso que se ela está ali, é porque não tem outra alternativa a não ser fazer isso. Naquela hora da noite, naquela situação, tendo que se submeter à isso... enfim! Eu tenho dó deles.
Comprei um chocolate branco de marca desconhecida.
Cheguei no cursinho, comprei uma coca-cola em lata e comecei a degustar dos dois.
Mais ou menos duas horas depois eu já comecei a sentir dores.
Fui embora umas 22h45 com minha mãe e já no carro eu falava pra ela que não estava bem.
Chego em casa, e as dores pioram de uma maneira absurda. Não era caganeira. Era dor no intestino e estômago. Achei que era só má digestão na hora.
Mas só consegui dormir por volta de 4h da manhã. Com dores.
Nos 3 dias seguintes a dor continuava. Intensa.
Já vinha na minha cabeça Apendicite. Mas descartei... não tinha nada a ver.
Logo, comecei a pensar em infecção... pelo maldito chocolate.
Pensei em ir a um Pronto Socorro. Mas não fui.
As dores duraram uma semana e um dia. Pra não preocupar ninguém, depois do 4º dia eu disse que já estava melhor. Mas não estava.
Eu realmente achei que fosse morrer. Eu tava muito mal.
Cheguei a sentir dores perto do coração. Mas não sei se tinha a ver. Provavelmente era psicológico, isso acontece.
Por fim, aprendi a nunca mais comprar nada na rua, dessa forma.
Não vale a pena.
Eu quase morri por ter dó de alguém. Já pensou?
Que injustiça. Que injustiça.
4 de outubro de 2007
A semana que achei que ia morrer.
Relatado por Marcio às 10:35 PM
2 comentários:
mas e aí? q q vc tinha na real?
Credo. Custava nada ir no médico. Eu desisti de não ir no hospital quando, depois de horas com dor de estômago, vomitei algo verde. Foi bizarro.
Te cuida, maninho.
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